Trinca Bar protagoniza o renascimento do vermute em Pinheiros

Vermute é o novo Gin? 

É hora do vermute assumir seu lugar de protagonista. Depois de abrilhantar drinks como negroni e dry martini, o vermute começa a ganhar seu próprio espaço nos balcões do país, como já acontece lá fora. Em Pinheiros, a bebida ganhou uma casa toda dedicada – é o Trinca Bar, ao lado do famoso Guilhotina na rua Costa Carvalho. 

Tal qual aconteceu com o gim, o vermute está recuperando o seu espaço nos copos por aí. Se antes ele estava esquecido, com o boom da coquetelaria dos últimos anos voltou à cena, porém ainda como um elemento para compor coquetéis. Mas em regiões como Espanha, França, Itália e, mais recentemente, na Argentina o vermute já é uma estrela. 

Responsáveis por dar voz à bebida que consiste em um vinho infusionado com ervas, Tabata Magarão e Alexandre Bussab abriram o Trinca Bar há cerca de um ano, em São Paulo. Eles que se conheceram há 10 anos, quando ela já era uma mixologista experiente e ele, um profissional de Rádio e TV. Juntos enxergaram no movimento sul-americano de produção artesanal de vermute uma oportunidade de trazer a moda para o balcão do bar que tanto sonhavam abrir juntos. 

A gente sempre gostou de vermute e, em algumas viagens pela América do Sul, especialmente na Argentina, vimos o movimento das produções artesanais e começamos a estudar mais sobre o tema. O vermute é a introdução do vinho nos coquetéis clássicos, como negroni, dry martini e rabo de galo. É algo popular, que está sempre no nosso escopo, mas não havia sido materializado num bar”, conta o casal. 

Foram cerca de 30 testes para que Tabata e Ale chegassem a cada um dos vermutes artesanais que vendem no Trinca Bar, junto de importados. “Criamos o branco, o rose e o tinto. O rose tem referências orientais, já o tinto é feito com vinho Malbec e traz a tropicalidade sul-americana”, contam sobre a aposta que vem dando certo. 

Hoje, eles recebem pessoas de todas as idades para provar os vermutes, mas revelam que 65% do seu público é formado por mulheres. “O vermute é uma brincadeira entre doce, amargo, temperado e seco. É uma bebida muito democrática”, afirmam Tabata e Ale. 

Picture of Raquel Pryzant
Raquel Pryzant