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SUPtravessias: Projeto de Stand Up Paddle visita destino asiático pouco explorado

SUPtravessias

SUPtravessias, comandado por Roberta Borsari, passará por Timor-Leste e Timor Ocidental em agosto

A atleta paulistana Roberta Borsari, especialista em rafting, canoa havaiana e kayaksurf, roda o mundo há cerca de 10 anos explorando ilhas sobre um stand up paddle. Ela comanda o projeto SUPtravessias, cuja proposta é abordar sustentabilidade, proteção ao meio ambiente e esporte com uma ótica feminina, por meio da atividade.
Agora, em 2023, ela ficará entre os dias 14 e 30 de agosto no Timor, ilha que se divide entre o Timor-Leste e Timor Ocidental. A aventura começa no primeiro destino, que conquistou sua independência recentemente e ainda é pouco explorado do ponto de vista do turismo, com belezas naturais preservadas e cultura local autêntica.
O país fica no Sudeste Asiático e tem o português como idioma oficial, ao lado do tétum, já que foi colônia de Portugal entre 1596 e 1975. Logo depois, foi invadido e anexado ao território da Indonésia, até que, em 2002, conseguiu a independência e abriu as fronteiras para o turismo.
A outra parte de Timor é constituída de uma província da Indonésia batizada de Timor Ocidental. A maior parte da viagem de Roberta, inclusive, será realizada lá. Rote, um destino ainda mais remoto localizado ao sul, será sua base.”Timor é um paraíso escondido, com muitos atrativos do ponto de vista esportivo e aquático, além de uma natureza abundante e um apelo cultural interessante. A ideia da viagem é descobrir e explorar esse local ainda protegido e que tem muito a oferecer em suas duas metades”, explica Roberta.

Debates em pauta com o projeto

SUPtravessias
(Reprodução: Roberta Borsari)

 

O Timor é um local remoto. Por conta disso, Roberta vai pousar primeiramente em Bali, na Indonésia, onde deve passar cinco dias, e depois seguir viagem para a capital timorense, Díli, e para Rote, ao sul de Timor Ocidental.
A esportista também aproveitará a parada inicial para revisitar o destino. Embora já o tenha explorado em 2019 – quando conheceu em conjunto o Parque Nacional de Komodo –, ela espera encontrar um lugar diferente, uma vez que a Indonésia passa atualmente por polêmicas por causa da expansão turística.
Um exemplo é Uluwatu. A construção de alojamentos, hotéis e resorts na praia superclássica dos surfistas está impactando as ondas e os recifes. Isso sem contar que a Indonésia é o quinto país que mais polui os oceanos no mundo, segundo o estudo Our World in Data, publicado originalmente na revista Science Advances.
“O SUPtravessias tem a sustentabilidade como seu principal pilar. E quando você vive em uma ilha, essa questão é mais relevante. O que fazer com o lixo? Como conseguir acesso à água? Como ter recursos renováveis? Tudo isso pode nos trazer lições”, ressalta Roberta.
Além do viés sustentável, ela busca evidenciar o empoderamento feminino durante a viagem deste ano. Por meio de suas experiências, quer encorajar outras mulheres a seguir seu exemplo, uma vez que 17% das latino-americanas não viajam sozinhas por causa do medo e 16% nunca sequer pensaram na possibilidade, de acordo com a última pesquisa feita pelo Booking.com a respeito do tema.
“Não é comum viajar sozinha para lugares que têm culturas e visões diferentes em relação à mulher. Isso sem pensar nas questões de segurança e logística. Mas estou há 20 anos explorando o mundo apenas na companhia de meu equipamento. Venho aprendendo em cada um dos destinos e acredito que outras mulheres possam fazer o mesmo”, conclui.
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Isabela Luz