Julia Paiva
Seja no mundo da música, da moda, arte ou negócios, Renato Ratier figura entre as personalidades de mais destaque no Brasil. Natural de São Paulo, mas criado nos arredores de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, o DJ e empresário trabalha há 28 anos no mercado da economia criativa e foi um dos grandes visionários no cenário da música eletrônica no Brasil. Atualmente, além de ser presença confirmada nos palcos dos maiores festivais e festas pelo mundo, ele segue colecionando cases de sucesso à frente dos seus clubs, gravadoras, agência de DJ’s, agronegócio e marca própria de roupas.
Renato se considera um grande sonhador e afirma que o segredo do sucesso está na persistência e dedicação em tudo que se propõe a fazer. Segundo ele, seu legado é criar diferentes atmosferas, assim como sonoridades que passam um sentimento único para o público. Para criar o império que tem hoje, cursou faculdade de design na Califórnia, onde morou por dois anos, e trouxe todos os moldes da arquitetura, design e audiovisual para seus negócios, iniciando com o D-Edge Campo Grande, nos anos 2000, e logo em seguida, em 2003, com o D-Edge São Paulo, um dos clubs mais reconhecidos do Brasil.
Pensando em inovar, em 2021, tirou do papel um projeto literalmente surreal desenvolvido durante a pandemia: o Surreal Park, em Balneário Camboriú. A casa catarinense, com mais de 135 mil metros quadrados, chama atenção devido a peculiaridade de suas pistas, entre elas o circo, a capela e agora o avião, que deve ser inaugurado em breve. Mesmo com pouco tempo de funcionamento, a casa já contou com a apresentação de lendas internacionais, como Black Coffee, Carl Cox, Joris Voorn, entre outros e, assim como o D-Edge São Paulo, está presentes na cobiçada lista de melhores clubs do mundo pela revista britânica DJ Mag.
Outra novidade no portfólio do empresário é o Centro Cultural D-Edge no Rio de Janeiro. Aberto no início de 2024, Ratier destaca que o projeto nasceu para ser um complexo voltado não só para o entretenimento, mas também para alavancar a arte e a educação. Construído em um prédio retrofitado do século XX com quatro andares, o centro cultural ainda está em constante desenvolvimento e nele, o público poderá encontrar restaurante, loja de vinil e roupas, galeria de arte e um espaço dedicado a palestras e workshops.
Ao comentar sobre sua trajetória nas pistas, Renato conta que sua relação com a música começou durante a infância por influência de sua mãe. Um pouco mais tarde, com 17 anos, teve seu primeiro contato com as controladoras, mas apenas aos 24 anos, em 1996, deu início a sua carreira de DJ. Há quase 30 anos presente nos mais variados line-ups pelo mundo, o artista pode ser considerado um camaleão musical, justamente por não se prender a um único estilo e mesmo assim ter sua identidade própria, caminhando com facilidade pelas nuances do disco ao techno em long sets de 5, 6 horas que mostram sua versatilidade musical.
Ratier já proporcionou apresentações ao lado de grandes lendas de vertentes diferentes da música eletrônica, como Solomun, Jamie Jones, Mind Against e outros, mas sempre manteve seu groove característico em evidência. A ideia é sempre focar na atemporalidade e mostrar que a música eletrônica vai muito além de um gênero específico.
Por mais que seja difícil conciliar a vida artística e empresarial, Renato faz questão de sempre dar um break para estar em conexão com a natureza ou junto da família, principalmente de sua esposa Sarah Ratier e seus filhos. De acordo com ele, as pausas são necessárias para reorganizar as ideias e voltar às atividades ainda mais forte. Para o futuro, Ratier pretende ampliar sua marca de roupas com algumas lojas, bem como continua na missão de expandir o Surreal Park e o Centro Cultural D-Edge com ideias inovadoras, estando totalmente alinhado com sua paixão por produzir boas música.
https://instagram.com/ratierdedge
The many faces of Renato Ratier
Whether in the world of music, fashion, art or business, Renato Ratier is one of Brazil’s most prominent personalities. Born in São Paulo, but raised on the outskirts of Campo Grande, Mato Grosso do Sul, the DJ and businessman has been working in the creative economy market for 28 years and was one of the great visionaries of the electronic music scene in Brazil. Today, as well as being a confirmed presence on the stages of the biggest festivals and parties around the world, he continues to collect successful cases at the head of his clubs, record labels, DJ agency, agribusiness and his own clothing brand.
Ratier considers himself a great dreamer and says that the secret to success lies in persistence and dedication in everything he sets out to do. According to him, his legacy is to create different atmospheres, as well as sounds that convey a unique feeling to the public. To create the empire he has today, he studied design in California, where he lived for two years, and brought all the architectural, design and audiovisual molds to his business, starting with D-Edge Campo Grande, in the 2000s, and soon after, in 2003, with D-Edge São Paulo, one of the most recognized clubs in Brazil.
With innovation in mind, in 2021 he took a literally surreal project off the drawing board, developed during the pandemic: Surreal Park, in Balneário Camboriú. The 135,000-square-meter park in Santa Catarina is notable for the peculiarity of its rides, including the circus, the chapel and now the airplane, which is due to open soon. Even though it has only been open for a short time, the venue has already hosted international legends such as Black Coffee, Carl Cox, Joris Voorn, among others and, like D-Edge São Paulo, is on the coveted list of the best clubs in the world by British magazine DJ Mag.
Another new addition to the entrepreneur’s portfolio is the D-Edge Cultural Center in Rio de Janeiro. Opening in early 2024, Ratier emphasizes that the project was born to be a complex focused not only on entertainment, but also on leveraging art and education. Built in a retrofitted 20th century building with four floors, the cultural center is still under constant development and in it, the public will be able to find a restaurant, a vinyl and clothing store, an art gallery and a space dedicated to lectures and workshops.
Commenting on his career on the dancefloors, Ratier says that his relationship with music began during his childhood under the influence of his mother. A little later, at the age of 17, he had his first contact with controllers, but it wasn’t until he was 24, in 1996, that he began his DJ career. For almost 30 years, he has been present at the most varied line-ups around the world, and can be considered a musical chameleon, precisely because he doesn’t stick to a single style and still has his own identity, easily moving through the nuances of disco to techno in 5 or 6 hour long sets that show his musical versatility.
Ratier has played alongside great legends from different strands of electronic music, such as Solomun, Jamie Jones, Mind Against and others, but has always kept his characteristic groove in evidence. The idea is always to focus on timelessness and show that electronic music goes far beyond a specific genre.
As difficult as it is to reconcile artistic and business life, Ratier makes a point of always taking a break to connect with nature or with his family, especially his wife Sarah Ratier and their children. According to him, the breaks are necessary to reorganize his ideas and return to his activities even stronger. For the future, Ratier intends to expand his clothing brand with a few stores, as well as continuing his mission to expand Surreal Park and the D-Edge Cultural Center with innovative ideas, being totally in line with his passion for producing good music.