Quatro destinos onde a pesca se torna uma forma de habitar o mundo com calma, beleza e significado
Pescar é um ato de espera. Uma forma de estar em silêncio, com o olhar fixo na água e os sentidos abertos a tudo o que acontece ao seu redor. Em tempos de hiperconectividade e velocidade, a pesca surge como um dos rituais mais refinados do chamado slow travel: uma prática que permite mergulhar em paisagens de tirar o fôlego, conectar-se com o pulso natural do ambiente e, acima de tudo, retornar a si mesmo.

Confira quatro propriedades que oferecem experiências de pesca memoráveis, imersas em alguns dos cenários mais belos e vibrantes do planeta. Em cada uma delas, a pesca não é apenas uma atividade: é o centro de uma experiência mais profunda, estética e emocional.
Na costa sul de Belize, o Turtle Inn, a joia caribenha da família Coppola, oferece um cenário incomparável para quem busca combinar pesca com beleza tropical, arquitetura de inspiração balinesa e hospitalidade acolhedora.
Aqui, a pesca se transforma em uma aventura sensorial. Da pesca com mosca em bancos de água azul-turquesa à pesca de corrico pelos recifes, cada momento é guiado por especialistas locais que conhecem os segredos da costa como ninguém. Os dias começam ao amanhecer e deslizam tranquilamente entre redes, veleiros e céu limpo. No retorno, ceviches frescos, massagens com vista para o mar e noites sob as estrelas aguardam.
O Turtle Inn é ideal para quem deseja vivenciar a pesca como uma arte tranquila, em sintonia com os ritmos da natureza e os prazeres simples, porém intensos, do Caribe mais autêntico.
Às margens do Lago Nahuel Huapi, na privilegiada Villa La Angostura, o Las Balsas possui uma das experiências de pesca mais puras do Hemisfério Sul. Na região, a Patagônia revela-se em todo o seu esplendor: águas cristalinas, céu infinito, silêncio absoluto e uma profunda conexão com a natureza intocada.
A temporada de pesca esportiva, que vai de novembro a abril, permite que você vivencie a pesca com mosca como um verdadeiro ritual: lançar, esperar, observar, respirar. Perto do hotel, existem vários circuitos acessíveis a pé, de barco ou com guia especializado, onde é possível pescar trutas marrons, arco-íris e de riacho em seu habitat natural.
Depois de um dia na água, retornar ao Las Balsas também faz parte da experiência: um lodge com design acolhedor, cozinha de autor baseada em produtos patagônicos e um spa imerso na floresta. A pesca torna-se um retiro, uma contemplação, uma celebração de um tempo bem aproveitado.

Em Bocas del Toro, na costa caribenha do Panamá, o La Coralina Island House construiu uma nova linguagem de viagem. Com a ajuda do hotel, a pesca se entrelaça com o bem-estar, a espiritualidade e o poder regenerativo da paisagem tropical. Não se trata de conquistar o mar: trata-se de ouvi-lo.
Rodeada por um ambiente exuberante de praias intocadas, manguezais e recifes, esta propriedade boutique convida o hóspede a explorar a pesca artesanal como uma atividade meditativa, integrada aos programas de retiro e cura oferecidos pelo hotel. Passeios de barco permitem navegar por canais escondidos onde os peixes se movem ao ritmo das marés, enquanto o corpo e a mente se abrem para o equilíbrio natural do ambiente.
La Coralina propõe uma experiência que combina mar, fogo e alma: terapias ancestrais, alimentação saudável, práticas de ioga e contato direto com a natureza vibrante que se transforma de dentro para fora.
Em pleno oceano Pacífico e por meio de técnicas milenares, o Nayara Hangaroa guia os fãs de pesca a se conectarem com a natureza em um ritmo diferente e de extremo respeito à história do povo Rapa Nui. O hotel quer que o visitante mergulhe na cultura local, mas que também volte para casa com a sabedoria dos antepassados e de como estes conservavam seus recursos marinhos.

O passeio começa com o dia amanhecendo na enseada Hanga Piko, a apenas cinco minutos de distância do hotel. Em uma embarcação típica, é possível navegar por vários pontos ao redor da ilha, principalmente para Pura Piro e Apolo, que são montes submarinos famosos pela abundância de espécies marinhas. Os diferentes tipos de pesca com isca são as maneiras mais comuns entre os habitantes, que sempre pensam em como o mar se comporta antes de cada saída ao mar.
Ao final da experiência, o atum-amarelo (kahi na língua rapa nui) ou o wahoo (kana kana) podem ser levados ao hotel e transformados pelas mãos do chef em ceviches ou assados na pedra, servidos com batata-doce, banana da terra ou manga, parte da identidade culinária do Rapa Nui.




