Por Pedro Hering
Genebra é, para mim, muito mais que um destino — é um capítulo permanente da minha vida. Sou apaixonado pela cidade, tenho muitos amigos que vivem lá e guardo com carinho o ano em que morei nesse cenário onde a elegância parece natural, quase inevitável. Em minha viagem mais recente, depois de uma semana de hedonismo elevado à enésima potência na icônica Clinique La Prairie, em minha amada Montreux, minha imersão no luxo suíço ganhou um ápice absoluto: dois dias na roof suite do Mandarin Oriental, em uma varanda alinhada justamente com a letra O do letreiro do hotel — um detalhe tão cinematográfico quanto o espírito da própria cidade. Para completar, fui recebido com generosidade pela equipe do Turismo de Genève, que me levou para um jantar impecável no Chez Philippe. É fácil entender por que Genebra sempre me acolhe como se eu nunca tivesse partido.
Neste fim de ano, Genebra se transforma em um palco vibrante onde tradição, luzes e história caminham lado a lado. O Noël au Quai, entre 20 de novembro e 24 de dezembro, traz a magia do Natal para às margens do Léman, com chalés iluminados, artesanato, gastronomia alpina e o irresistível Chalet à Fondue. Já o histórico Festival L’Escalade, de 12 a 14 de dezembro, envolve a Cidade Velha em desfiles antigos, encenações e o ritual simbólico do Pote de Chocolate, celebrando a resistência genebrina no século XVII. São experiências que revelam o lado mais autêntico da cidade — um Natal suíço em sua forma mais pura, elegante e emocionante.
Em harmonia com as tradições seculares, Genebra projeta também o futuro. A inauguração do museu dedicado a Paulo Coelho, um espaço poético em um edifício haussmanniano repleto de objetos pessoais e memórias, reforça a vocação cultural da cidade. E em março de 2026, o Portail des Nations abrirá como o novo centro de visitantes da ONU, oferecendo uma imersão no universo do multilateralismo. Entre espiritualidade, arte, diplomacia e a beleza luminosa desta época, Genebra reafirma seu papel como cidade plural, inspiradora e eterna — o tipo de lugar que marca e retorna, sempre.











