Julia Paiva
Do alto, ainda pela janela do avião, já dá para entender por que Mauritius parece um sonho perdido no meio do Oceano Índico. Quase imperceptível no mapa, o arquipélago revela uma explosão de contrastes em azul que faz qualquer um se perguntar “como nunca vim antes?”. Cercada por recifes de corais preservados e natureza intocada, a ilha é daqueles lugares que desafiam a ideia de realidade.


O calor vai além do clima tropical que se mantém ao longo do ano. Está no sorriso fácil dos mauricianos, na delicadeza do ‘bonjour’ pela manhã e no ‘bonne nuit’ à noite. Essa hospitalidade reflete um mosaico cultural único: embora o inglês seja a língua oficial, o francês domina o dia a dia, e os traços indianos, chineses e africanos estão por toda parte, seja na gastronomia, nos templos hindus coloridos ou nas ruas.

Diante de tanta beleza natural, fingir normalidade é impossível. Mauritius é cercada por montanhas imponentes e praias de areias brancas, águas cristalinas e quentes, perfeitas para mergulhos com snorkel ou cilindro entre os corais. Foi lá que vivi a experiência mais especial da minha vida: nadei com golfinhos em mar aberto e ainda os reencontrei em outros passeios contemplativos.

Outro ponto imperdível é a montanha Le Morne Brabant, reconhecida como Patrimônio Mundial da UNESCO em 2008. Observá-la da janela do banheiro do quarto do hotel já encheu os olhos, mas o ideal é fazer o passeio de helicóptero que sobrevoa a famosa “cachoeira subaquática”, uma ilusão de ótica que fez Mauritius ganhar fama nas redes sociais. Não é exagero dizer que essas duas experiências definem a essência visual do destino.

Também reserve um dia para explorar a capital Port Louis. Caminhar por suas ruas é como folhear um livro vivo da história local. Mergulhe na fascinante saga do Dodo, o pássaro sagrado extinto no século XVII, que segue como símbolo da ilha até hoje. No porto, restaurantes com vista para o mar convidam para uma pausa, enquanto os mercados fervilham com cores, aromas de especiarias e bancas cheias de artesanato, roupas típicas e iguarias. É impossível sair dali sem levar um pedacinho de Mauritius na mala.

Mauritius me mostrou uma África diferente. Uma ilha quase desconhecida que une tradições ancestrais, muita sofisticação e uma beleza incomparável.
Voei para Mauritius com a South African Airways: são cerca de 9 horas de viagem de Guarulhos a Johannesburg, na África do Sul, seguidas de mais 4 horas até a ilha. Minha hospedagem foi na rede Beachcomber Hotels e o traslado, com guia em português, ficou a cargo da Mauturco, operadora local especializada em receber brasileiros.
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