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Gelato Boutique surpreende pela decoração e gelatos autorais

Premiada internacionalmente, a chef gelatière Marcia Garbin aposta em combinações improváveis e ingredientes brasileiros, como cumaru e baunilha do Cerrado

 Um ateliê de gelatos, com sabores nativos, chef ítalo-paulistana e decoração cosmopolita. É a essa receita inusitada que a Gelato Boutique credita o seu sucesso. Recém-inaugurada em São Paulo, com lojas nos Jardins e na avenida Paulista, no Shopping Cidade São Paulo, a casa tem no comando um casal, a expert em gelatos, a jovem mestre gelatière Marcia Garbin, e o empresário italiano Mario Fornari.

Marcia, de 33 anos, é a única brasileira com o título de “Gelato Pioneer”, símbolo da maestria italiana em gelatos no mundo. O título é conferido pela Carpigiani, empresa líder mundial no setor de gelateria. Formada em Gastronomia com especialização em Confeitaria pela Le Cordon Bleu, em Paris; em decoração de doces, na Wilton School, em Chicago (EUA) e como mestre gelatière pela Gelato University, em Bolonha (Itália), Marcia venceu por dois anos consecutivos o Firenze Gelato Festival (como chef-revelação, em 2012, e como melhor sabor de gelato, em 2013), o maior festival de sorvete do mundo.

Depois de anos de trabalhos e estudos na Europa, ao lado de mestres como o chef Laurent Duchêne em sua confeitaria, em Paris, um dos poucos a ostentar o título MOF (Meilleur Ouvrier de France), a mais alta honra para um confeiteiro francês e após construir uma carreira de sucesso na Itália, onde teve um ateliê de confeitaria e gelateria, Marcia resolve retornar às suas raízes, apostando na sua paixão pelos gelatos e trazendo um diferencial: técnicas de apuro internacional e produção, preferencialmente, com ingredientes frescos e cultivados no Brasil. “Os italianos têm a cultura do sorvete desde o Renascimento. A Itália continua sendo o berço dos gelatos, mas não faz sentido, no Brasil, só ter produtos italianos numa gelateria. Devemos valorizar os ingredientes cultivados aqui, pois conseguimos produtos de mais qualidade, além de valorizar a cultura e a mão-de-obra locais.  Essa foi uma lição que aprendi justamente com os italianos. Por que precisamos fazer um pistache viajar tantos quilômetros quando se tem, por exemplo, castanha-do-para? Não existe gelateria artesanal trabalhando 100% com ingredientes importados, pelo simples motivo de que jamais serão frescos”, defende Marcia Garbin, sócia-fundadora da rede Gelato Boutique. 

Assim surgem gelatos com ingredientes nacionais e um olhar tropical: Tropicale (manga com maracujá), doce de leite com cumaru (semente amazônica), chocolate com o cupuaçu do Nordeste, Baunilha 360 (que combina favos do Cerrado mato-grossense, do Taiti e de Madagascar, uma surpresa a cada colherada), Caffè-Lime (café do interior paulista com raspas e suco do limão-taiti),  sorbettos de açaí com banana e o de castanha, ambos vindos do Pará, ou brincadeiras com as sobremesas tipicamente brasileiras, como Gelato Brigadeiro (gelato de chocolate ao leite belga com granulado e brigadeiro) e Gelato Beijinho (combinação de gelato de coco fresco mesclado com beijinho cremoso).

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O sabor Baunilha 360 combina favos do Cerrado mato-grossense, do Taiti e de Madagascar, uma surpresa a cada colherada. Foto: Henrique Peron.

 

Os gelatos ficam escondidos num pozzetto de inox, um recipiente tampado para que os sorvetes não tenham contato com luz nem com variação de temperatura. O sabor se preserva a -10 ºC. Só na hora do serviço é que o cliente vê a cor do produto e se surpreende: relembra a sua infância, com o Tutti-Frutti (feito com abacaxi, morango, laranja, framboesa e banana) ou se delicia sem culpa com um gelato de Matchá (o chá utilizado na tradicional cerimônia japonesa e cujas folhas vêm, no caso da Gelato, de cultivos perto do Monte Fuji), grande fonte de nutrientes e antioxidantes.

Os gelatos são preparados diariamente, assim como as casquinhas, enroladas à mão. O carro-chefe da marca é o gelato, na concepção italiana (mais leve e mais refinado que o sorvete tradicional) e com maquinário italiano de ponta para bater e congelar o sorvete (como a Effe-6, da Cattabriga, e a Maestro, da Carpigiani), mas não só. Com formação e olhar de chef, o ponto de partida para a criação de um novo produto é o seu sabor. Assim, a chef mescla de maneira inédita técnicas italianas, que resultam em um sorvete mais leve e aerado, com técnicas francesas , que valorizam o sabor intenso e persistente, criando um gelato que une as duas qualidades e sempre se destaca no meio internacional.

Marcia traz também itens gelados de confeitaria, como semifreddo, macarons e até bem-casados com sorvete, com opções que podem ser personalizadas com logos, tags divertidas e outros mimos perfeitos para eventos – dos corporativos aos casamentos. Do gelato à casquinha crocante, dos picolés aos bolos de sorvete, tudo é produzido nas lojas da rede, todos os dias, com ingredientes sazonais, sem glúten, conservantes, corantes, gorduras vegetais, aditivos químicos e preferencialmente com o açúcar da própria fruta (no caso dos sorbettos).

Decoração

Uma joalheria, uma loja de design, um cenário de Alice No País das Maravilhas ou simplesmente uma gelateria? Essas são algumas das reações dos visitantes ao entrarem nas lojas da rede Gelato Boutique. A proposta é promover uma viagem gastronômica e visual. O clima de contos de fadas já começa pela logomarca: um leão tomando sorvete na casquinha. Seja no décor, seja no gelato, a ideia é brincar com sabor, cor e décor, sem limites para a imaginação.

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Charmosa loja de rua da rede, na esquina da Pamplona com a alameda Itu, nos Jardins. Foto: André Fortes.

 

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