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ETEL lança peças exclusivas dos designers Alan Chu, Ruy e Rodrigo Ohtake durante a terceira edição da ABERTO

Exposição acontece a partir de 11 de agosto simultaneamente nas casas Tomie Ohtake e Chu Ming

A ETEL participa pela terceira vez da ABERTO, que acontece em São Paulo, a partir de 11 de agosto, como braço direito do design da exposição. Além disso, a ETEL lança três novos designers: Alan Chu, Ruy e Rodrigo Ohtake, que apresentam reedições de suas peças icônicas.

Como uma plataforma de exposição pioneira, a ABERTO celebra e promove o encontro da arquitetura, arte e design em espaços públicos e privados inéditos, reunindo as principais instituições culturais, coleções, fundações e galerias para criar um panorama atraente das obras dos nomes mais proeminentes do Brasil e do mundo. A edição de 2024 da ABERTO acontecerá simultaneamente em duas casas históricas da década de 70, idealizadas por mulheres asiáticas: a Casa Brutalista de Chu Ming Silveira e a Casa Ateliê de Tomie Ohtake.

As casas servirão de pano de fundo para exibições de arte e design, cuidadosamente selecionadas pelo trio de curadores Filipe Assis, Kiki Mazzucchelli e Claudia Moreira Salles em resposta ao ambiente arquitetônico; elementos como concreto aparente e linhas orgânicas serão perfeitamente integrados para aprimorar a experiência artística geral.

A curadoria de arte colocará em primeiro plano um conjunto cativante de arte moderna e contemporânea brasileira e internacional por meio de colaborações com galerias renomadas, como Fortes D’Aloia & Gabriel, Mendes Wood DM, Luisa Strina e Nara Roesler, além das galerias globais Lisson e Pace. Enquanto a curadoria de design, de Claudia Moreira Salles, se concentrará em novas peças de mobiliário projetadas pelas famílias Ohtake e Chu especialmente editadas para o evento pela ETEL, sob a direção de Lissa Carmona.

Casa Ateliê TOMIE OHTAKE | Peças RUY E RODRIGO OHTAK
Ruy Ohtake (1938-2021), nascido em São Paulo em 1938, é reconhecido como um dos arquitetos mais emblemáticos do Brasil. Formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP) em 1960, Ohtake iniciou sua carreira como um visionário, estabelecendo um escritório próprio em 1961 que se tornaria o epicentro de inovações arquitetônicas ao longo das décadas seguintes. Sua obra é um testemunho da fusão entre a arquitetura moderna brasileira e suas próprias experimentações estéticas. Inspirado tanto pela escola paulista, com nomes como Vilanova Artigas, quanto pela estética fluida e orgânica de Oscar Niemeyer, Ohtake criou um vocabulário arquitetônico singular que transcendeu fronteiras geográficas e culturais.

A Casa Ateliê Tomie Ohtake, projetada pelo arquiteto Ruy Ohtake para sua mãe, a artista visual Tomie Ohtake, é um marco na arquitetura brasileira que combina brutalismo com uma sensibilidade artística única. Situada em São Paulo, essa residência foi concebida originalmente entre 1966 e 1968 e passou por duas ampliações subsequentes em 1985 e 1997, refletindo uma evolução harmoniosa ao longo das décadas.

Rodrigo Ohtake, filho de Ruy Ohtake, seguiu os passos de sua avó e pai e continuou a perpetuar a herança artística e criativa de uma família que impactou e ainda continua a surpreender a cena cultural do Brasil. Hoje, Rodrigo está à frente do escritório de arquitetura e design Ohtake, tendo se formado em arquitetura na mesma faculdade que o pai, a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP).

Na ocasião da ABERTO3, a ETEL celebrará o legado artístico da família Ohtake, apresentando duas peças de Ruy Ohtake e uma peça de Rodrigo Ohtake. A obra de Rodrigo dialoga com as criações de seu pai, ao mesmo tempo em que expressam uma visão única e sensível. As peças de Ruy Ohtake são emblemáticas de seu trabalho como designer, destacando sua profunda relação com a arquitetura e o uso do espaço.

Peças
Mesa Central Cor 120 e Namoradeira | Ruy Ohtake
Ruy Ohtake e Etel Carmona, amigos de longa data, sempre planejaram uma colaboração e projetos voltados à reedição das icônicas peças de design do arquiteto. Em 2024, essa colaboração se concretizou com a ETEL durante a ABERTO3.

As primeiras criações de design de Ruy Ohtake eram inseridas em contextos arquitetônicos, nas quais a necessidade dos projetos guiava a concepção das peças. Nesses casos, o concreto era frequentemente utilizado, mas apesar de sua estética em consonância com os projetos brutalistas, apresentava uma inflexibilidade inerente, o que impunha uma fixação rígida no espaço.

A Mesa Central Cor 120 e a Namoradeira foram umas das primeiras obras de Ruy Ohtake que transcenderam as exigências de um projeto arquitetônico específico. Nesta fase, Ruy começou a criar peças de design partindo das propriedades dos materiais que se propunha a explorar, ao invés de focar exclusivamente em questões de programa e terreno típicas dos projetos de arquitetura. Em 1996, essas peças foram apresentadas em uma série na Galeria Nara Roesler, então localizada na Vila Madalena. Nesse momento Ruy começou a explorar a maleabilidade dos materiais metálicos. O metal, apesar de seu peso, oferece uma flexibilidade espacial e uma leveza de formas que outros materiais não proporcionam. Assim, as peças foram concebidas como únicas em aço carbono de 6 mm, representando um exercício exploratório e nunca antes comercializado.

Ruy sempre teve uma predileção pela Namoradeira, uma peça emblemática que remonta ao período colonial brasileiro e que tinha uma presença marcante nas residências da época. Antes de explorar o metal, o arquiteto já havia desenvolvido diversas peças em concreto. A Mesa Central Cor 120 foi idealizada com base na flexibilidade do metal, assumindo uma forma quase em C que sustenta uma fina placa de vidro, conferindo uma leveza ao ambiente. Hoje, a ETEL apresenta estas reedições em edição limitada em aço inoxidável, destacando a sofisticação das formas curvas, limpas e contínuas, e mantendo a essência inovadora de Ruy Ohtake. As duas estarão disponíveis para reservas durante a ABERTO3.

Banco Torso | Rodrigo Ohtake
O Banco Torso foi projetado por Rodrigo Ohtake como uma peça única em aço carbono e nunca havia sido reeditado até agora. Inspirado nos movimentos de uma bailarina, Rodrigo criou a estrutura metálica que evoca o movimento fluido de uma fita no ar, assemelhando-se a uma dança. Originalmente concebido sob a curadoria de Beta Germano para a exposição da Galeria Nicoli na MADE em 2018, o Banco Torso foi criado com a intenção de participar de uma performance artística, na qual uma bailarina interagia com a peça durante a apresentação.

Esta criação dialoga diretamente com a emblemática banqueta Onda, desenhada por seu pai, Ruy Ohtake, e remete às esculturas realizadas por sua avó, Tomie Ohtake.

Na ocasião da ABERTO3, a ETEL lança um olhar contemplativo sobre a herança artística e cultural de uma das famílias mais icônicas da cena artística brasileira. Como o olhar e a intuição dentro das áreas da arquitetura, design e arte guiaram gerações a uma produção tão prolífica e relevante. A peça de Rodrigo destaca-se por sua importância e simbolismo, entrelaçando o diálogo entre três gerações da família Ohtake.

A peça agora em aço inoxidável é uma edição limitada ETEL e estará disponível para reservas durante a ABERTO3.

Casa CHU MING SILVEIRA | Peças ALAN CHU
Arquiteta e designer, formada pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Mackenzie em 1964. Teve uma carreira sólida, com muitos projetos de grande porte onde sua autoria não era tão evidenciada e sua trajetória foi abreviada pelo falecimento precoce aos 56 anos. Chu ficou mais conhecida pela criação dos protetores telefônicos conhecidos como Orelhinha e Orelhão. Estes projetos, nomeados Chu I e Chu II em sua homenagem, foram revolucionários tanto pela funcionalidade quanto pela estética, tornando-se ícones do mobiliário urbano brasileiro e mundial.

Além de seu trabalho com design de mobiliário urbano, Chu Ming também desenvolveu um estilo arquitetônico próprio, chamado por ela de ‘Pós-caiçara’, que integrava técnicas modernas com a cultura tradicional caiçara. Ela aplicou este estilo em diversos projetos residenciais no litoral paulista, especialmente em Ilhabela.

A Casa de Chu Ming Silveira, situada no bairro do Morumbi em São Paulo, é uma das obras mais marcantes da arquiteta. Projetada como residência própria, a construção é feita de concreto armado moldado com tábuas de pinho, apresentando um caráter brutalista e austero. A residência, inovadora para sua época, propôs uma forma de habitar e viver que desafia as convenções tradicionais.

Na ABERTO3, na mesma casa onde foi criado, Alan Chu, o filho mais novo de Chu Ming Silveira, terá a ETEL celebrando o legado de inovação e criatividade de sua mãe ao apresentar mobiliário de sua própria criação. As peças de Alan Chu exploram profundamente temas como negativo e positivo, além de luz e sombra, oferecendo um design simples, mas extremamente impactante.

Peças
Mesa Lateral Uma e Mesa Central Ian
Alan Chu seguiu os passos de sua mãe, Chu Ming, e se distinguiu como arquiteto e designer. Em ocasião da ABERTO3, a ETEL investiga o legado artístico e arquitetônico de uma família que, geração após geração, transmite um profundo conhecimento e sensibilidade em relação aos espaços, formas e materialidades. Nesse contexto, a ETEL homenageia o legado da família Chu e apresenta edições inéditas de peças criadas por Alan, que estarão disponíveis durante a ABERTO3.

Esta é a primeira vez que o arquiteto concebe peças de design desvinculadas de um espaço arquitetônico específico. Comumente, no exercício da arquitetura, profissionais acabam por projetar móveis e objetos impulsionados pelas necessidades espaciais que se impõem. Nesta ocasião singular e num movimento de experimentação próprio, Alan Chu inicia o desenvolvimento de peças de design independentes do espaço.

No seu exercício arquitetônico, Alan guia-se pelas necessidades do projeto, não partindo usualmente da forma final que a obra deve expressar. Seu trabalho se relaciona prioritariamente com a emoção e as sensações, e só em um segundo momento, com o aspecto racional. No Brasil, possuímos um vasto leque de renomados arquitetos modernistas, cuja essência reside em trabalhar com elementos racionais e um pensamento estrutural lógico, empregando ritmo e balanço, por exemplo. Contudo, o aspecto sensorial de uma obra arquitetônica é profundamente distinto, pois somos primeiramente atingidos pela emoção.

A Mesa Central Ian e a Mesa Lateral Uma emergem neste contexto, de pensar o emocional e com isso criar um jogo de subtração e subversão nas peças. A primeira impressão da Mesa Uma é de estranhamento, já que sua “sombra” constitui sua estrutura. Inconscientemente, somos tomados pela surpresa e, somente depois, compreendemos como a peça funciona. É neste instante, antes do pensamento, que Alan opera, chamando de “efeito sensorial”. O próprio arquiteto define a mesa lateral:

“Ao apoiar-se sobre a própria sombra, a Mesa Uma desafia conceitos sobre forma e estrutura e conduz sutilmente a direção de nossos sentidos da matéria para a luz, ou do denso para o etéreo.”

A Mesa Central Ian também explora o aspecto sensorial do design, porém é maior e multifuncional. Cada elemento da mesa possui uma finalidade distinta, podendo servir como cachepô ou nicho, e um deles é adornado com uma esfera que provoca um intrigante estranhamento visual. Ambas as mesas, feitas de aço inoxidável, representam um jogo de subtração, contraste e surpresa sensorial, quase como cartoons materializados.

Sobre a ETEL
São Paulo | Milão | Houston
Marca mais representativa do design brasileiro de mobiliário, com forte presença no mercado internacional, a ETEL é uma referência de qualidade e compromisso com nossa história para arquitetos, público final e formadores de opinião. Em sua fábrica-ateliê, produz objetos de desejo desenhados por um seleto corpo de designers, entre reedições de nomes como Jorge Zalszupin, Oscar Niemeyer, Gregori Warchavchik, Lina Bo Bardi, Branco e Preto, Sergio Rodrigues e Lasar Segall, e novas criações de Etel Carmona, Cláudia Moreira Salles, Lia Siqueira, Isay Weinfeld e Arthur de Mattos Casas. Diretamente envolvida com a sustentabilidade das florestas tropicais brasileiras, com projetos próprios no coração da Amazônia, a ETEL foi pioneira em obter a certificação FSC, que assegura a proveniência das madeiras utilizadas.

Sobre a ABERTO
Fundada por Filipe Assis, a ABERTO é uma plataforma inovadora de exposições que celebra a arte e o design brasileiros em casas e marcos modernistas icônicos, todos projetados por renomados arquitetos brasileiros e que nunca foram abertos ao público. Além disso, a ABERTO reúne as principais instituições culturais, coleções, fundações e galerias para criar um panorama cativante das obras dos mais proeminentes artistas e designers do Brasil e do mundo.

Após edições anteriores realizadas em residências projetadas por Oscar Niemeyer e João Batista Vilanova Artigas, a edição deste ano ocupará dois espaços distintos: a Casa Ateliê Tomie Ohtake e a Casa Chu Ming Silveira. A mostra é uma celebração do legado artístico e arquitetônico de duas notáveis mulheres asiático-brasileiras e suas impressionantes casas brutalistas da década de 1970.

Serviço

ABERTO3
11 de agosto – 15 de setembro

Residência de Chu Ming Silveira
Rua República Dominicana, 327 – Real Parque, São Paulo.
Quarta-feira a domingo, das 10h às 18h – última entrada 17h.

Casa Ateliê Tomie Ohtake
Rua Antonio de Macedo Soares, 1,800 – Campo Belo, São Paulo.
Quarta-feira a domingo, das 10h às 18h – última entrada 17h.

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