Do Chile à Champions: Como Fábio Strutz quer transformar sua marca no próximo craque do marketing esportivo

Você já imaginou ver o uniforme do seu time de bairro com o símbolo da Nike? Ou usar uma bola Adidas personalizada com a sua marca em uma convenção da sua empresa? Para Fábio Strutz, fundador da La Serena Sports, isso não é futuro — é agora

Ex-executivo da Nike e da Adidas, com passagem por Brasil, Panamá e México, Fábio lidera uma nova fase do esporte como plataforma de experiência, branding e pertencimento. Em entrevista exclusiva para a Escape, ele compartilha os bastidores de sua trajetória, o nascimento da La Serena e a oportunidade invisível que marcas ainda não estão vendo — mas deveriam.

“La Serena nasceu de uma memória que nunca saiu de mim”

“O nome La Serena vem do meu primeiro campeonato internacional, em 1999, no Chile. Eu tinha 9 anos e joguei pela primeira vez fora do país. Foi a primeira grande emoção que o esporte me trouxe. Medo, frio na barriga, euforia, orgulho… Tudo isso ficou marcado.” Depois de passar por posições estratégicas em duas das maiores marcas esportivas do planeta, Fábio decidiu empreender. Mas não para vender roupa. Para criar pertencimento.
“Meu propósito é conectar marcas, instituições e pessoas através do esporte, mas com autenticidade. Do uniforme da escolinha até a ativação corporativa com produto oficial.”

“Nike me ensinou impacto. Adidas, execução. As duas moldaram minha visão”

Com formação em administração, carreira sólida na Kimberly-Clark, e mais de uma década nas gigantes do esporte, Fábio viu de perto o que funciona — e o que falta: “Vi muitos projetos incríveis, como o Red Bull Bragantino e escolas como Barcelona e Inter de Milão com material oficial. Mas vi também um oceano azul:
o mercado da personalização licenciada no Brasil e América Latina ainda é pouco explorado.”

“O consumidor quer usar, não só assistir” A La Serena se posiciona como ponte entre marcas globais e consumidores locais — sejam eles empresas, escolas, clubes ou comunidades. “Uma empresa pode fazer um kit exclusivo Adidas para sua convenção. Um time de amigos pode jogar com uniforme da Nike personalizado. A emoção é outra. A marca deixa de ser publicidade e vira parte da história.”

E essa é a sacada: as marcas deixam de ser mídia e viram memória.

“Personalizar é permitir que as pessoas coloquem sua alma no uniforme”.

“Personalização é uma forma de expressão. Não é só um logo no peito. É identidade. Quando uma ONG, uma faculdade ou até uma empresa veste um produto licenciado, ela está dizendo: ‘eu faço parte disso’.”

E isso vale também para o mundo corporativo: “Eventos internos, campanhas de vendas, premiações… Tudo pode ser ativado com produtos esportivos reais. Com storytelling. Com propósito. E agora existe um canal para isso.”

“A Copa de 2026 é o maior palco da década. E ninguém quer entrar em campo com uniforme genérico.”

A La Serena já está desenvolvendo projetos com foco na Copa do Mundo de 2026 — e vê nela o primeiro grande marco para ativar empresas com produtos esportivos licenciados de forma estruturada.

“As marcas estão prontas. O consumidor está pronto. Só falta conectar os dois. É isso que a gente faz.”

Foto de Escape Magazine
Escape Magazine