Não se vai ao Kazuo apenas para jantar. Vai-se para lembrar como é comer com atenção plena, redescobrir o silêncio entre um prato e outro, e aceitar um convite raro hoje em dia: entregar o controle a quem domina a arte
Omakase: o luxo de não escolher
No coração do restaurante está o Omakase — uma tradição japonesa que significa “eu confio em você”. Você senta. Respira. E então tudo começa. Sem cardápio. Sem certezas. Apenas a precisão do chef, a curadoria que muda conforme o dia e o frescor, e a construção de uma narrativa onde cada etapa tem um propósito.
É possível, em alguns momentos, comer com as mãos, como nos países que inspiram o menu. Um gesto simples, ancestral, que rompe com o automatismo da etiqueta e devolve o tato à gastronomia. “Os sabores são incríveis, explosivos na boca”, descreveu uma cliente. “É o tipo de lugar que você volta várias vezes”.

Minimalismo que abraça: o espaço também fala baixo
A arquitetura do Kazuo não grita sofisticação — ela sussurra excelência. Madeira, iluminação difusa, silêncio elegante. O balcão aproxima cliente e chef, tornando a cozinha parte da experiência, como uma coreografia que se desenha à sua frente. “Fica fácil observar o preparo de cada prato e, mais ainda, interagir com o chef
e sua equipe. Todos esbanjam cortesia, como se você estivesse à mesa com amigos” — contou um visitante.
Chef Kazuo Harada: o maestro silencioso Kazuo Harada é o tipo de chef que não precisa aparecer para ser percebido. Sua presença está em cada detalhe: do corte preciso da lâmina ao saquê servido no ponto exato.
Em ocasiões especiais, ele mesmo pode surpreender os clientes com um mimo — como no aniversário de uma cliente que se emocionou com o gesto. Essa atenção pessoal, mesmo em um restaurante com estrela Michelin, revela algo raro: a fusão entre técnica e alma. Almoço executivo: uma porta de entrada para o extraordinário
Se o jantar no Kazuo é um ritual completo, o almoço executivo é sua versão condensada e surpreendentemente acessível. Servido de segunda a sexta, esse menu é como uma janela aberta para o universo do chef Kazuo Harada — onde clássicos asiáticos ganham técnica refinada e identidade autoral.
Entre as opções, um Pad Thai com camarões, pimenta dedo-de-moça e amendoim que equilibra doçura, acidez e crocância com precisão quase cirúrgica. Ou ainda o Nasi Goreng, arroz frito indonésio servido com ovo perfeito, que desperta conforto e sofisticação no mesmo garfo. Tudo chega à mesa com a mesma atenção aos detalhes que consagrou o Kazuo como casa Michelin: louças elegantes, ritmo do serviço respeitoso, temperatura exata,
apresentação que alimenta os olhos antes da boca.

“Não é só um almoço. É um lembrete de que o tempo, mesmo no meio do dia, pode ser vivido com mais intenção.” Para quem deseja experimentar o Kazuo pela primeira vez, o executivo é um convite sem pretensão, mas com profundidade. Uma pausa curta que deixa gosto de quero mais — e um leve impulso para voltar à noite e se entregar ao Omakase.
Mais que uma refeição, uma pausa no tempo
Ir ao Kazuo é uma forma de desacelerar. De perceber texturas, aromas, sons que normalmente passam despercebidos. É onde o luxo não está no ouro da decoração, mas na pureza dos ingredientes, na generosidade das porções, e na vontade de permanecer um pouco mais depois da última mordida. “O Omakase vale muito a pena. Fui com amigos e tudo foi perfeito”, relatou um visitante. “Digno de estrela Michelin”, resumiu outro.

Um convite
Em uma cidade que vive em ritmo de pressa, o Kazuo é um contraponto necessário. Um
refúgio sem ostentação, onde cada gesto carrega intenção. E cada sabor, memória.
Se você busca mais do que uma refeição — busque o Kazuo.
Coma com as mãos. Feche os olhos. Confie.