Em um mundo onde o consumo de vinhos orgânicos cresce exponencialmente, a Matetic não está surfando uma onda, ela é a própria nascente. Fundada em 1999, muito antes do termo “biodinâmico” se tornar um luxo consciente, a vinícola já trilhava seu caminho de respeito ao terroir do Vale do Rosário.

As brumas matinais do Pacífico, que eu via da janela do meu quarto, além de uma bela paisagem, eram o véu que protege as uvas, garantindo a maturação lenta que resulta na elegância e frescor de seus vinhos. Hospedar-se na La Casona, na vinícola Matetic, é uma exclusividade em que somos acolhidos pela história e seus poucos quartos.

A verdadeira aula começou com Julio Bastías, o enólogo-chefe, nos guiando pelo Jardim Biodinâmico e revelando a alma Matetic. Fomos profundamente além da teoria, abaixo do nível do solo mesmo, onde ele desvendou as camadas de granito e quartzo que definem seus vinhos.

Ousados, em uma terra conhecida por brancos e Pinot Noir, eles apostaram em cultivar a Syrah em clima frio, um feito pioneiro no Chile. O resultado? O icônico Matetic Syrah e o EQ Syrah, vinhos que redefiniram o potencial da casta e se posicionaram entre os melhores do mundo.

A Matetic inteligentemente nomeia seus vinhos com a alma de seu solo. E essa curadoria se estende por todo o portfólio: enquanto a linha EQ (Equilibrio) representa essa expressão máxima e focada do terroir, a linha Corralillo serve como a porta de entrada perfeita para a filosofia da vinícola, oferecendo vinhos que compartilham da mesma integridade, mas com uma abordagem mais convidativa.
A experiência Matetic transborda a taça, conectando a natureza ao prato no Restaurante Equilibrio, reafirmando que ali, tudo está em perfeita harmonia; ou em um passeio de bicicleta pelo vinhedo, com o vento no rosto; ou trekking até a Palma Chilena; ou entendendo a importância do ecossistema local em uma visita ao Humedal Río Maipo.





