Por Laura Kassab
O Butão oferece uma experiência transformadora para os que buscam além das deslumbrantes paisagens. Aninhado nas majestosas montanhas do Himalaia, é um reino que parece ter sido preservado pelo tempo. Seu sucesso é medido pela serenidade e bem-estar de seu povo.

A essência da cultura butanesa está na filosofia da Felicidade Interna Bruta (FIB), introduzida na década de 1970 pelo rei Jigme Singye Wangchuck. Essa abordagem prioriza o bem-estar coletivo, a preservação cultural, a sustentabilidade ambiental e a boa governança. Na prática, a FIB orienta políticas que garantem a proteção ambiental, na qual mais de 70% do território permanece coberto por florestas, e a manutenção da arquitetura tradicional.

Baseado nessa filosofia, o Butão adota uma política de turismo de “Alto Valor, Baixo Impacto”. O acesso ao país é controlado por meio de uma Taxa de Desenvolvimento Sustentável (SDF) diária, que contribui diretamente para a educação, saúde e infraestrutura locais. Essa estratégia assegura que o turismo beneficie a nação sem comprometer sua cultura e meio ambiente. O Butão é, orgulhosamente, o único país do mundo com saldo de carbono negativo, refletindo seu compromisso com a sustentabilidade.

O Butão garante uma jornada espiritual e deslumbrante aos seus viajantes. A peregrinação ao Ninho do Tigre, um mosteiro que desafia a gravidade no penhasco de Paro, é apenas o começo. A jornada se desdobra em visitas ao Punakha Dzong, o “Palácio da Grande Felicidade”, uma majestosa fortaleza na confluência de dois rios, e se eleva em Thimphu, sob o sereno olhar da gigantesca estátua do Buda Dordenma. A imersão cultural se aprofunda nos festivais tsechus, mas também na surpresa de provar o prato nacional, Ema Datshi (uma potente mistura de pimentas e queijo local), e ao testemunhar uma partida de arco e flecha, o esporte nacional.

E para nós que buscamos o ápice da exclusividade, experiências como um banho terapêutico de pedras quentes sob as estrelas ou a perspectiva de um sobrevoo de helicóptero pelos picos sagrados revelam o luxo butanês: o acesso a uma paz e a uma beleza imensuráveis.





