Casa tem balcão comandado pelo chef Willian Seiji Enokizono, que aposta em preparos de contornos contemporâneos
O Maza nasceu da paixão dos irmãos Thiago e Igor Yushimori pela boa gastronomia. Contrariando o desejo do pai, que insistia para que investissem em uma franquia de fast food, eles abriram em setembro de 2020 este que se tornou uma das mais proeminentes casas de cozinha japonesa na cidade.
Instalado em um belo ponto do Itaim Bibi, o restaurante tem atmosfera intimista, com iluminação suave e decoração que privilegia materiais naturais como madeira e pedra. Chama atenção o balcão em formato de “L”, com apenas sete lugares, onde o chef Willian Seiji Enokizono comanda o Omakase (R$430) — uma experiência na qual o cliente entrega a escolha dos pratos ao talento e à criatividade do cozinheiro, a qual é recomendável reservar.

Formado em gastronomia em Sorocaba e com passagem pelo restaurante Imakay, Seiji combina fundamentos da cozinha japonesa tradicional com toques contemporâneos. No Omakase são cerca de catorze etapas quentes e frias, que passeiam por ingredientes nobres como atum bluefin espanhol, enguia e vieiras, privilegiando criações como o sushi de pargo com manteiga de katsuobushi e flor de sal que virou assinatura da casa. Para quem prefere sentar-se às mesas, há o Shinrai (R$340), uma seleção de sete pratos escolhidos pelo chef entre as sugestões que já constam do menu.

Os peixes servidos no Maza passam por um cuidadoso processo de maturação antes de irem à mesa, técnica que intensifica sabores e texturas — um detalhe que reflete o rigor e a delicadeza da cozinha praticada ali. “Alguns, como carapau e olhete, variam conforme a sazonalidade, pois o nosso trabalho tem foco nos insumos”, explica o chef. Eles dão origem a sushis como o jyo de salmão com gema de codorna maçaricada, finalizado com salsa de trufa e flor de sal (R$24). Sashimis também ganham toques autorais, caso da dupla de fatias de atum com lichia e foie gras, finalizadas com tarê e flor de sal Maldon (R$69), e a vieira trufada finalizada com limão, salsa de trufas, ovas e flor de sal (R$75).
Das entradas, o Sweet Corn Tempura (R$38), um tempura de milho doce, vem com mel e flor de sal e o Guioza Suíno, um pastel chinês cozido no vapor, levemente grelhado e recheado com legumes e panceta suína. Finalizado à mesa, o Tuna Albacora (R$86) é um tartar de atum em cubos com grãos de mostarda, gema, picles de pepino japonês, cebola roxa, azeite, maldon e pimenta do reino, acompanhado de pão de levain com gergelim.
Na sobremesa, quem pede o Mochi (R$69) se surpreende também. Ele chega à mesa na forma de seis folhas de arroz glutinoso servidas em uma caixa, acompanhadas de cremes e ganaches, frutas frescas e toppings, para montar da maneira que preferir. “Estendemos toda essa excelência à carta de saquês, com uma boa seleção de rótulos em constante atualização”, frisa Thiago.

Durante a semana no almoço, quando o salão é banhado por luz natural, tem executivo com prato principal e sobremesa a R$98, ou sequência incluindo entrada por R$113.
Maza. Rua Manuel Guedes, 243 – Itaim Bibi, São Paulo/SP | Horário de funcionamento: segunda a quinta das 12h às 15h e das 19h às 23h, sexta das 12h às 15h e das 19h à 0h, sábado das 12h30 às 16h e das 19h à 0h | @mazarestaurant




